A historiografia da ciência é parte fundamental do projeto desenvolvido por Thomas Kuhn. O presente trabalho visa contribuir para a análise do surgimento dessa historiografia, enfocando um personagem menos conhecido, mas de atuação decisiva: James Bryant Conant. Pouco lembrado pelos comentadores de Kuhn, é lembrado somente por seu papel como incentivador da transição efetuada por Kuhn da física para a história. Sustentamos que, ao contrário, Conant desempenhou uma influência mais que pessoal, tendo ajudado a moldar, ainda no início da carreira de Kuhn, sua concepção sobre o papel ocupado pelo estudo da história na filosofia da ciência.