A fraternidade foi o conceito filosófico que ligado às ideias de liberdade e igualdade orientou a Revolução Francesa e balizou ideologicamente as repúblicas ocidentais. Ela estabeleceu que o Homem livremente elegeu conviver em sociedade e com seus semelhantes criou uma relação de igualdade. O princípio ancora o entendimento rousseauneano de que mulheres e homens são partes opostas constituintes de um mesmo ser: O Homem Universal. Contudo, o limite ideológico à universalidade içnicia-se no momento em que se analisam os discursos em torno da racionalidade, do público e do privado, do governo e do governado na cidadania moderna. Partindo desse cenário, a partir das contribuições da crítica feminista aos estudos da educação, propomo-nos a problematizar os currículos de modo a questionar os princípios que buscam, por meio das escolas, naturalizar a divisão sexual e manter a hegemonia do sujeito universal androcêntrico e heteronormativo no governo da vida.